(Outubro 2013) Finalmente. Na Marmomacc deste ano (25 a 28 de outubro) foram abertas novas portas para o setor de rochas ornamentais: havia muitas apresentações notáveis, nas quais foram empregadas novas descobertas científicas e técnicas para o design de rochas.
Talvez assim as rochas ornamentais floresçam como um material moderno.
Em „Opus Motus – as cores das rochas em movimento“ tratou-se de descobertas no campo da ótica: o designer Raffaello Galiotto desenvolveu para a empresa Lithos Design placas redondas com marchetarias coloridas em rocha, apresentadas no pavilhão 7b. Elas podiam girar e ao entrar em movimento mesclavam-se suas cores em novos tons e formas.
O conceito-chave da ciência para isso é espectro RGB.
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O objetivo do experimento era acumular informações nos campos da cor e do movimento, com os quais a rocha em geral não se relaciona. Com isso, o designer e a empresa queriam provar que é possível fazer muito mais com rochas ornamentais e que ambos têm essa capacidade, se os clientes assim desejarem.
O projeto também tinha uma dimensão simbólica importante: a rocha enquanto símbolo da terra ou do terreno se dilui em „Opus Motus“ em um outro elemento, que reúne todos aqueles fatores.
As leis da acústica foram aplicadas pelo designer Andrea Gross Gaiani, com ajuda de Giulia Regalini, em seu amplificador de iPhone „Onda“. A ideia foi executada pela empresa Athena, e pôde ser observada no estande do Consorzio Marmisti Chiampo (CMC) no pavilhão 6.
Gaiani valeu-se da propriedade acústica das rochas, que enquanto material compacto é ótimo transmissor de ondas sonoras. Quando um celular foi colocado em um sino, uma conversa telefônica foi amplificada ao ponto de tornar-se audível. A forma desses funis é conhecida, e com dois tipos de rocha ela se torna duplamente decorativa.
O desenvolvimento foi propiciado por iniciativa da própria feira, chamada „Marmomacc & Design“, na qual designers até 30 anos foram convidados a apresentar trabalhos experimentais. O tema das pesquisas era „Fluid Stone“ (Rocha Fluida).
Também em função da „Marmomacc & Design“ foi viabilizado o trabalho de Alice Schillaci (pavilhão 7b). Esse não tratava de ondas sonoras, mas de ondas de materiais: tiras de rocha foram apoiadas obliquamente em uma parede e abaixo delas girava uma espiral, que erguia cada peça, uma após a outra, criando a impressão de um movimento contínuo.
Chamavam atenção as dimensões das tiras de rochas, com 2,80 m de comprimento, 10 cm de largura e 6 mm de espessura. Sua flexibilidade estava baseada em tecnologia, possibilitada por uma estrutura de sustentação de fibra de vidro. Além disso, as tiras só podiam ser movidas em um único sentido. A mecânica da instalação foi desenvolvida pelo Studio Recipient CC.
Por fim, „Ponte Flex“. O professor Giuseppe Fallacara da Universidade de Bari e Claudio D’Amato apresentaram o de rocha (pavilhão 7b), que pode ser montado no chão e erguido apenas no local de sua instalação. Para manter unidas as peças individuais durante o transporte, é usada uma rede com resina na função de cola, que prende o conjunto desde a parte de cima. Ele já foi instalado, por exemplo, no encontro (ou cabeça) de uma ponte; a construção sustenta a si mesma (desde que sua base possa ser regularmente assentada).
O princípio construtivo de fato é bastante antigo, mas foi repensado por cientistas da Universidade de Belfast e então transposto para rochas ornamentais por Fallacara.
Mais um detalhe: talvez a aplicação de inovações de origem científica para rochas ornamentais seja estimulada novamente pela Marmomacc para impulsionar o setor. Contribuições da ciência até aqui restringiram-se a máquinas para extração e beneficiamento de rochas.
Relembrando: foi na Feira de Verona que aconteceu há 7 anos o „Marmomacc Meets Design“, onde se plantou a ideia de que as rochas ornamentais podem ser mais que mero material para construção, arte ou lápides mortuárias.
Mais notícias sobre a Marmomacc nas próximas edições.
(21.10.2013)