Uma verdadeira joia para apresentações de rochas ornamentais é o novo centro de exposições em Esmirna – um lugar onde a própria arquitetura apresenta mármores e travertinos tão magnificamente como nenhuma outra feira no mundo. No entanto, na abertura da 21ª edição da Marble Fair (de 25 a 28 de março de 2015) houve reclamações consideráveis entre os expositores, pois a organização foi frequentemente insatisfatória.
Para contextualizar isso é importante informar que a feira desta vez teve que lidar com duas inovações radicais. Não apenas ela mudou-se do Kültürpark no centro da cidade para novas instalações no distrito de Gaziemir, nas cercanias do aeroporto. Também toda a equipe foi substituída no verão passado. Como a imprensa escreveu na época, a cidade, enquanto proprietária da empresa organizadora da feira, tinha se chateado com o evento e impôs todo rigor em suas inspeções de autorização.
A nova equipe teve, portanto, que lidar com uma tarefa digna de Hércules.
Para muitos expositores foi difícil de entender erros da organização como, por exemplo, a falta de placas de sinalização em alguns estandes ou a falta de mobília ainda no início da feira. Em alguns cantos dos pavilhões, parecia que os operários construtores haviam ido embora apenas algumas horas antes.
E só se podia balançar a cabeça diante do fato de que a recepção de telefone era miserável e o acesso à internet só funcionou temporariamente. Será que durante os pelo menos 11 anos decorridos entre o planejamento e a construção do projeto ninguém realmente notou que a feira está localizada em uma área sem cobertura de telefonia?
Falando em área: os arquitetos resolveram maravilhosamente a tarefa de viabilizar as instalações em uma encosta íngreme, na verdade em princípio completamente inadequada para uma feira comercial. Sua solução remonta à antiga tradição das vinhas ou olivais: a construção de terraços, e assim os pavilhões foram dispostos em sequência crescente.
O pavilhão central é acessado através de um hall composto com colunas revestimento em aço inoxidável.
A partir dali, um enorme corredor com colunas altas de aço inoxidável e paredes com elegante revestimento em travertino (veja foto acima) levava às partes mais baixas.
Desde o corredor não eram portas banais que davam acesso aos pavilhões, mas enormes portais abertos, revestidos de mármore escuro.
No meio do terreno, foi colocado um anfiteatro na encosta. Os pavilhões foram agrupados em torno dele, em um semicírculo. A partir de uma torre de 14 andares se tem uma visão panorâmica das instalações.
O objetivo expresso pela prefeitura de Esmirna com este projeto é apresentar-se como um local atraente para feiras e congressos. 400 milhões de liras turcas foram investidas até agora (US$ 151 milhões ou € 141 milhões). Numa segunda fase serão construídos mais pavilhões, um centro de convenções, um hotel e uma conexão de bonde em monotrilho. Ao final, a cidade terá investido cerca de 1 bilhão liras turcas.
Então, a área total do local, incluindo estacionamento e etc., chegará a 337 mil m².
A área dos pavilhões será de 90 mil m². Esta estrutura não se compara às condições apertadas do Kültürpark.
A 21ª edição da feira Marble alcançou ainda outros grandes índices de crescimento: aumentou em 31% o número de expositores em comparação com o ano anterior, para um total de 1562. Destes 373 vieram do exterior, de 27 países.
Os números nos foram disponibilizados gentilmente pela revista especializada turca Marble Trend – depois do fim da feira nosso contato com a empresa organizadora do evento foi simplesmente interrompido.
Marble, Izmir
(09.05.2015)
